Pour l'honneur
- Rogério Dantas
- 11 de ago. de 2015
- 4 min de leitura

Discussão interna ( que quase chegou as vias de fato ) desfalques pontuais ( Jefferson, Rodrigo, Douglas ), contusões e afastamentos pelo Departamento Médico ( Thyo, Fernando, Mário Billa ), e um adversário em franca ascensão.
Foi com dessa forma que o Galo Cego foi a quadra no sábado, para o embate contra o Futebol Arte da Vila Carrão.
Gerou-se uma grande expectativa, sobre como o time iria se comportar com tanto problemas. Houve quem apostasse em uma derrota por uma larga vantagem e aumento na crise que já se instalava. Certamente quem apostou nisso, desconhece o espírito gaulês.
A surpresa começou, quando Mário Billa se apresentou pro jogo. O jogador havia sido afastado pelo DM, para fazer alguns exames, já que o mesmo se queixava de dores de cabeça.
Outro que surpreendeu foi o arghentino, Pablo Soquenó, que se apresentou com uma contusão de última hora e gerou certa apreensão.
Com tantos desfalques, o Galo Cego valeu-se de um jogador que quase nunca é relacionado, Renato Yoshi foi integrado ao grupo e foi pro jogo.
O segundo quadro começou, e o Galo Cego parecia não se encontrar. Com muito espaço no meio da quadra defensiva, o Futebol Arte da Vila Carrão, dominou o início do jogo e abriu 2 x 0 com certa facilidade.
O prognóstico não era bom, o Galo Cego não conseguia encaixar os contra ataques e tambem não conseguia bloquear o toque de bola adversário. Mas então veio o que ninguém imaginava.
O time foi se acertando aos poucos e foi tirando os espaços que o adversário usava para criar as principais jogadas. O conjunto começou a aparecer e a marcação foi ficando cada vez mais forte e encaixada.
E um lance sintomático deu a entender que aquela seria uma tarde diferente:
Falta de frente pro gol adversário e China ( isso mesmo ), pegou a bola e foi para a cobrança, trata-se de um lance emblemático, já que o jogador quase nunca cobra faltas.
Barreira armada e prontamente furada pelo potente chute, gol, era o início da reação gaulesa. Pablo, em jogada rápida empatou o jogo que ficou mais parelho. Os time seguiram criando oportunidades e quando o Futebol Arte pressionava, Allan tentou lançar Mário Billa, a bola foi alta demais, o goleiro adversário tentou antecipar e foi surpreendido, era a virada 3 x 2.
O Futebol Arte não conseguia mais criar perigo para, agora segura defesa do Galo Cego, e Pablo aproveitou-se de um vacilo do fixo, roubou a bola e fez o 4º confirmando o bom momento no jogo.
Antes do intervalo, Rafael Zinni costurou a defesa adversária, usando força e habilidade e sem dó decretou fez 5 x 2. O intervalo veio como alívio para o perdido time do Futebol Arte, que passou a reclamar de tudo demonstrando total falta de controle.
O segundo tempo começou e o Futebol Arte esboçou uma reação, fazendo o 3º gol e pressionando o Galo Cego, que mantinha a pegada forte na marcação e a saída rápida para o ataque.
Os gauleses estavam tão concentrados que não havia espaços para o jogadores do Futebol Arte receberem a bola sem marcação. E o que veio a seguir foi um verdadeiro massacre, Pablo, Renato e Rafael Zinni, outra vez, ampliaram o placar para 8 x 3 dando mais tranquilidade aos gauleses e acabando com qualquer chance de reação do adversário.
O Futebol Arte tentava em vão entrar na defesa gaulesa, até obteve sucesso em mais uma oportunidade, 8 x 4 , mas Pablo, Renato e Minhoca, definiram a partida em incriveis 11 x 4.
No primeiro quadro, foi uma repetição do segundo. O Galo Cego começou a mil, tocando a bola de maneira intensa e marcando com firmeza, criou muitas chances e Minhoca ( duas vezes ) e Mário Billa, fizeram 3 x 0 rapidamente.
O Futebol Arte restava reclamar, já que não conseguia articular nenhuma jogada, ao passo que o Galo Cego seguia massacrando sem dó. Em uma falha, o Futebol Arte fez o primeiro, 3 x 1, mas o Galo Cego logo se impôs, China, Renato e Adal puseram 6 x 1 no placar.
Com a vantagem assegurada o Galo Cego relaxou um pouco e o Futebol Arte começou a crescer na partida, com jogadores velozes e contando com o relaxamento natural, de um time que estava em vantagem no placar, o Futebol Arte diminuíu a diferença e o jogo ficou em um perigoso 6 x 4.
O Galo Cego pediu tempo, arrumou a defesa e aos poucos voltou a controlar a partida, apesar da pressão adversária, Minhoca deu um ponto final ao jogo, 7 x 4, e garantiu mais 3 pontos aos gauleses.
Foi uma tarde impressionante para o Galo Cego, o time jogou tão bem que foi difícil destacar um jogador.
China fez sua melhor partida no Galo Cego, marcando, fazendo gols e distribuíndo jogadas. Outro que surpreendeu foi Renato Yoshi, que mesmo sem ritmo contribuíu, com gols, para as vitórias gaulesas.
Rafael Zinni, voltou a jogar bem e demonstra que pode ser um problema pro adversários. Pablo Soquenó, mesmo machucado, mostrou que é mortal fazendo 4 gols. Minhoca mostrou o velho faro de gol e também marcou 4 vezes na tarde.
Allan, Totonho e Adal mostraram seriedade e eficiência. Allan mostrou visão quando percebendo o crescimento do adversário, segurou a partida cadenciando o jogo. Totonho, dominou a defesa com desarmes cirúrgicos e Adal com defesas importantes e difíceis, além do gol, garantiram o ótimo desempenho gaulês.
Mário Billa, que jogou machucado, mostrou a conhecida raça e competitividade, movimentou-se muito, abriu espaços, marcou e ainda deixou o seu. Nada mal pra quem estava praticamente fora da partida.
Mais uma vez, o Galo Cego se supera e vence contra todos os prognósticos. Raça, vontade de vencer e jogando pela camisa, os jogadores mostraram que o espírito gaulês está mais vivo do que nunca.
Para o Galo Cego a dificuldade é apenas a cereja do bolo.
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